Manter o diabetes sob controle sistêmico: hemoglobina glicada menor que sete, pressão arterial inferior a 13 – é muito importante na prevenção da retinopatia diabética, uma das complicações mais temidas da doença, diante do risco de cegueira, que reduz a qualidade de vida.Isso foi destacado hoje pela líder do Serviço de Oftalmologia do Centro de Diabetes e Endocrinologia da Bahia (Cedeba), a oftalmologista especialista em retina, Tessa Mattos ao abordar o tema “A Retinopatia Diabética e Seus Cuidados”.
A aula abriu a programação deste ano das sessões de atualização que o Cedeba, por meio da Coordenação de Educação e Apoio à Rede (Codar), realiza sempre na primeira terça – feira do mês, no auditório do Centro de Atenção à Saúde (CAS) para profissionais da Atenção Básica (capital e interior) e estudantes de cursos de saúde.
As sessões têm como objetivo atualizar os temas referentes ao cuidado do diabetes diante de conteúdos científicos (protocolos assistenciais), oportunizar discussões de experiências exitosas das unidades de saúde; fortalecer a missão do Cedeba que é de qualificação dos trabalhadores/SUS, motivar os trabalhadores do SUS para a realização de eventos de mobilização comunitária e possibilitar encontros mensais com representantes dos Núcleos Regionais de Saúde.
A importância da prevenção da Retinopatia diabética é muito importante, como explicou a especialista, porque a doença é silenciosa. O diabético pode não ter queixas de problema de visa e a RD, em alguns casos, já está instalada. A RD – informou Tessa Mattos – é a maior causa de perda visual irreversível e previsível em pacientes em idade laborativa (entre 20 e 74 anos) em todo o mundo.
O risco de cegueira pode ser reduzido a menos de 5% quando o diagnóstico é feito em tempo adequado e o tratamento realizado corretamente pelo especialista em retina. São fatores de risco para a RD, segundo pontuou a especialista em retina: o descontrole glicêmico e o tempo de duração do diabetes. Após 15 anos de diabetes, 60% dos pacientes com DM2 (diabetes tipo 2) e 100% de DM1 (diabetes tipo 1, que se manifesta na infância e no jovem) apresentam algum grau de retinopatia. Outros fatores como hipertensão arterial sistêmica, obesidade, gravidez e nefropatia podem, de alguma forma, influenciar o aparecimento ou o curso natural dessa complicação, segundo a especialista.
O diagnóstico da RD é feito através do exame de fundo de olho, pontua a oftalmologista. O acompanhamento oftalmológico do paciente – acrescenta – deve ser programado e rigorosamente cumprido. No diabetes tipo 2, no momento do diagnóstico da doença.. Os diabéticos tipo 1 devem iniciar o acompanhamento após a puberdade ou com cinco anos de doença.O exame deve ser anual, podendo ser menor, a depender do grau da retinopatia. Nunca em intervalos maiores
Ascom Cedeba
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