Um curso chamado “Step by step” – passo a passo – concebido pela Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), foi uma importante atividade incorporada ao módulo IV do Proced. Ontem (28), durante todo o dia, os treinandos participaram de oficinas e exposições dialogadas sobre o pé diabético, com vistas, sobretudo, à prevenção de complicações decorrentes do diabetes.
Com a condução do angioliogista Cícero Fidelis, da enfermeira Graça Velanes e das médicas Odelisa Matos e Iraci Lúcia, todos do Cedeba o curso abordou questões como conceito e do pé diabético, testes de sensibilidade e classificação e tratamento de feridas e remoção de calos. Com isso, os participantes do projeto foram melhor instrumentalizados para os cuidados com o pé diabético.
De acordo com Cícero Fidelis, um das complicações mais graves do diabetes sem controle é o pé diabético, problema que começa com as ulcerações e pode levar a amputações, reduzindo a qualidade de vida. As ações de prevenção, por meio da educação dos pacientes e treinamento dos profissionais de saúde, e atenção para as úlceras, com o monitoramento do pé diabético podem reduzir a taxa de amputação de membros inferiores entre 49 a 85%.
A conclusão, do Consenso Internacional do Pé Diabético, foi apresentada pelo angiologista e cirurgião vascular, reforçando que a prevenção do pé diabético pode ser feita pelos profissionais de atenção básica, que devem estar preparados para identificar os fatores de risco, além de atuar na educação do paciente quanto a cuidados importantes com os pés, que vão desde o corte da unha até o tipo de calçado adequado.
A enfermeira Graça Velanes, lembrou que o paciente diabético precisa ter cuidados com os pés ao cortar as unhas, hidratar os pés e escolher meias e calçados e disse que esses e outros cuidados integram o impresso “O Pé do Diabético”, produzido pelo Cedeba, e reproduzido pelos municípios para o trabalho de educação dos pacientes. A cartilha, com texto simples e rica em ilustrações, começa ensinando a necessidade de o diabético examinar os pés todos os dias para verificar a presença de bolhas, calos, rachaduras ou pele seca.
Segundo dados do Ministério da Saúde, 50% dos pacientes submetidos à amputação não traumática de membros inferiores são diabéticos, o que acarreta prejuízos para o paciente em razão da redução da qualidade de vida. Conforme Cícero Fidelis, essas amputações, de modo geral, são decorrentes de alterações neurológicas e isquêmicas, agravadas muitas vezes por infecção. Essas três condições clínicas formam a base etiopatogênica do pé diabético e se apresentam em diferentes estágios de evolução.
Ascom/Sesab
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