Dez meses após a implantação do programa Mais Médicos na Bahia, 1.359 profissionais vinculados à iniciativa estão ajudando a melhorar a saúde da população com mais atendimentos. O grupo está atuando em várias regiões do estado, em 367 municípios e em nove polos do Distrito Sanitário Especial Indígena, ampliando a capacidade de assistência no estado.
Os dados foram apresentados no ‘Seminário Mais Médicos para o Brasil, Mais saúde para os Brasileiros’ realizado nesta quinta-feira (26), na sede da União dos Municípios da Bahia (UPB), Centro Administrativo (CAB), em Salvador.
O ministro da Saúde, Arthur Chioro, o secretário estadual da Saúde, Washington Couto, e outros representantes do setor no estado e município participaram do evento. Entre os resultados apresentados e objetivos do programa Mais Médicos estão ampliação do atendimento, aumento no número de vagas nas universidades e construção de mais de 26 mil Unidades Básicas de Saúde.
De acordo com o ministro, as regiões nordeste e norte têm recebido atenção especial. “Segundo dados levantados pelo Ministério da Saúde, essas são regiões onde há maior carência [de profissionais] e não foi por acaso que grande parte dos médicos do programa foi enviada para esses locais. Estamos atentos às necessidades regionais”.
Um maior número de atendimento já tem reflexos em diversas áreas da saúde e atenção básica na Bahia. Houve aumento de 9% na cobertura de pré-natais no primeiro quadrimestre de 2014 em relação ao mesmo período do ano anterior. Ainda no comparativo com 2013, foi reduzido o número de internações em 2% devido à assistência prévia.
Avaliação
Segundo o secretário Washington Couto, o Programa Mais Médicos está sendo avaliado conforme levantamento como bom ou ótimo por 89% dos usuários. De acordo com ele, a ação consiste não só de enviar médicos aos locais onde antes havia carência desses profissionais, mas sim “ampliar o atendimento como um todo”, com iniciativas dos governos federais e estaduais em assistir o paciente por meio de atendimento domiciliar, distribuição de medicamentos, além das consultas médicas.
Participante da primeira turma do programa, iniciado em agosto de 2013, o médico suíço Miguel Depallens mudou para Salvador, com a mulher e a filha de um ano e meio, para trabalhar no bairro do Arenoso. Especializado em clínica geral, ele acredita que os atendimentos têm mudado a vida das pessoas.
“Há cerca de 15 anos não havia clínico geral no posto onde trabalho e vejo diariamente pessoas agradecendo pelo nosso trabalho. Nós é que temos que agradecer pela oportunidade de exercer nossa profissão e aprender com essa população carente todos os dias”, afirmou Miguel.
Secom
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