Você acorda para trabalhar e sente aquela sensação de moleza no corpo, seguida de coriza, tosse, febre, náuseas e diarreia. Ainda sem o diagnóstico, tudo indica que seja uma virose. O que de fato irá se confirmar numa consulta médica. O termo, ainda que pouco preciso, tanto pode significar o prenúncio de um simples resfriado quanto de doenças mais graves, como por exemplo uma hepatite.
Os sintomas de uma virose variam de acordo com a especificidade de cada doença. De acordo com a infectologista do Hospital do Subúrbio, Giovanna Orrico, de uma forma geral, os vírus causam sintomas semelhantes como febre, dores no corpo, cefaleia, mal-estar, mas a depender da classe, pode haver sintomas mais evidentes e graves, como o vírus influenza que causa quadros mais dramáticos em idosos.
Um ‘caldeirão de vírus’, o Carnaval é um período que exige atenção redobrada. Com o tradicional ciclo de festas e a variação climática comum no mês de fevereiro, com dias de sol intenso e pancadas de chuvas, os vírus se proliferam com maior facilidade onde existe grande concentração de pessoas e pouca ventilação.
“A infecção viral pode favorecer a superinfecção bacteriana por tornar as mucosas mais friáveis, o organismo mais debilitado. A infecção viral imunossuprime, facilitando outros microorganismos”, explica Orrico.
Na maior parte das vezes, a contaminação está relacionada a infecções do trato respiratório, como gripes e resfriados. Mas pode resultar em doenças como sarampo, catapora, rubéola, Aids, entre outras. O uso de drogas injetáveis e o sexo sem proteção são fatores que concorrem para que pessoas sejam contaminadas. E em alguns destes casos, as viroses não manifestam sintomas inicialmente, sendo detectadas apenas nos exames de sangue ou com manifestações trdias.
A infectologista adverte que é sempre prudente seguir a recomendação médica por haver diferenciação entre os quadros virais. “A dengue por exemplo, exige restrição de alguns medicamentos como aspirina, e controle laboratorial. Em linhas gerais, oriena-se repouso, uso de analgésicos e antitérmicos, hidratação e boa alimentação. A evolução é quase sempre benigna, não necessitando de internação ou medidas específicas. Porém a prevenção é a melhor estratégia, devendo ser estimulada a vacinação quando possível e orientações de higiene e bons hábitos”.
Dicas:
Procure um posto de saúde
Tenha uma boa alimentação
Busque se hidratar
Descanse 8 horas por dia
Tenha cautela no uso de bebidas alcoólicas
Mantenha uma boa higiene
Lave suas mãos sempre que em contato com outras pessoas. No carnaval, temos o risco de contrair viroses relacionadas ao beijo, como herpes e o vírus da mononucleose infecciosa.
Vacine-se contra a gripe e a hepatite C
Proteja suas crianças. Fique em dia com as campanhas de vacinação infantil
Faça sexo seguro. Use camisinha.
Foto Elói Gouveia/GovBA
Ascom/Hospital do Subúrbio
Carnaval/viroses