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Cedeba é parceiro do 1º Encontro de Acromegalia e Gigantismo na Bahia

01/04/2015 14:51

O 1º Encontro de Pessoas com Acromegalia e Gigantismo na Bahia – o Acrovida – será realizado no dia 9 de abril, das 8 às 12 horas, no Centro de Reabilitação CER IV das Obras Sociais de Irmã Dulce – OSID (Avenida Bonfim, 161 – Largo de Roma,Salvador/Ba). O evento resulta de uma parceria entre Centro de Diabetes e Endocrinologia da Bahia (Cedeba), unidade da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia, OSID e Associação Baiana de Amigos da MPS (Abamps).

O Cedeba é referência para o tratamento da acromegalia e gigantismo na Bahia – doença rara que registra 3,3 casos por milhão/ano, provocada por tumor benigno da hipófise (adenoma) que provoca produção exagerada do hormônio do crescimento (GH). Atualmente o Cedeba atende 80 pacientes, sendo 60 com acompanhamento e dispensação do medicamento, de alto custo, fornecido pela governo federal. E os demais, vindos da rede particular, recebem o medicamento.

Parceria Amplia Serviços

O Cedeba realiza periodicamente encontro com os pacientes, que são acompanhados na unidade onde, além de informações sobre a doença, também enfoca os direitos do grupo. Segundo a psicóloga Michele Vieira, do Cedeba, “aqui os pacientes têm assistência médica, psicológica e serviço social. O Acrovida – destaca a psicóloga – acontece num momento muito importante porque o Cedeba fez este ano, em março, parceria com a OSID para ampliar os serviços que os pacientes com acromegalia e gigantismo necessitam, tais como: bucomaxilo, fonoaudiólogo e dentista.

Quando a acromegalia se manifesta em pessoas jovens, se não houver tratamento, elas crescem exageradamente – gigantismo – atingindo altura de até 2,18 metros, situação que torna a rotina mais difícil. A acromegalia não escolhe sexo, nem raça, mas a faixa etária em que mais é diagnosticada é de 40 a 50 anos, porque o tempo para o diagnóstico varia entre 8 a 10 anos. Os sintomas iniciais são aumento do nariz, orelha, pés, mãos. Pode também haver espessamento da pele e suor excessivo, aumento da oleosidade da pele e de pelos. O ronco também pode ser um sinal de alerta.

Caso o paciente com acromegalia não seja tratado, a morte passa a ser de duas a quatro vezes maior que na população em geral, segundo a endocrinologista e coordenadora técnica do Cedeba, Flávia Resedá. Como a hipófise é o centro do controle da produção dos hormônios – explica – o aumento excessivo do GH contribui inclusive para o diabetes. Entre os distúrbios associados à doença estão: hipertensão, insuficiência cardíaca, fraqueza, dor de cabeça, alteração visual, depressão e alteração de humor.

Programação

Com muitas atividades práticas, o Acrovida contará com oficinas de saúde (cardiologista, exames de eletrocardiograma) e também de lazer, como a oficina de beleza com cabeleireiro. O Acrovida tem como objetivo dar continuidade a ações voltadas aos pacientes de acromegalia e gigantismo, tais como: implantação de grupos de apoio psicossocial, palestras de capacitação para profissionais das Obras Sociais de Irmã Dulce e recolhimento de matrícula dos pacientes no centro de reabilitação. O centro irá oferecer acompanhamento multidisciplinar com educadores físicos, dentistas, ortopedistas, cirurgiões, oftalmologistas, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas e especialidades disponíveis.

Para a inscrição no dia do evento, é necessário levar Carteira de Identidade (RG), Cartão do SUS e comprovante de residência.

A.M.V. Mtb 694/Ba
Cedeba/acromegalia

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