Não deve ser nada fácil morar numa enfermaria de um hospital durante quase dois anos, ainda mais em uma enfermaria de uma unidade como o Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA), movimentada e com uma rotatividade grande de pacientes de Feira de Santana e Região. No entanto, para o idoso Clesimidio, o HGCA foi um lar, do qual ele se negava a sair, apesar de estar de alta hospitalar há muito tempo. Nesta quinta-feira (06) esta historia teve um final feliz.
Clesimidio, como foi chamado durante o tempo em que ficou no HGCA, na verdade se chama Cleto Emídio de Miranda, tem 65 anos, foi casado no estado de Pernambuco. Ele deu entrada no HGCA em setembro de 2013 por conta de um atropelo e desde então se encontrava morando no HGCA. Na manhã desta quinta-feira (06) foi transferido para o Lar do Irmão Velho.
De acordo com Taíza Rocha, coordenadora de Assistência Social do HGCA, isso só foi possível graças a parceria do Ministério Publico Estadual, Defensoria Publica, Conselho do Idoso e da Secretaria Municipal Assistência Social e Saúde, através do Creas POP Rua. “A saída do paciente desta unidade é sinônimo de garantia de direitos que estavam sendo negligenciados em virtude da sua longa permanência na unidade”, comemorou Taíza acrescentando que o próximo passo será o encaminhamento do benefício assistencial junto ao INSS.
Entenda o caso
O idoso deu entrada no HGCA no dia 21 de setembro de 2013, como ignorado, vítima de atropelo. Ele foi atendido pela equipe médica e recebeu alta horas mais tarde. No entanto, o paciente não pode sair da unidade por não possuir documentação e ausência de familiares. Durante o tempo em que o idoso ficou morando no HGCA, o setor de assistência social do hospital, buscou através da Defensoria Pública e do Ministério Público (MP) localizar familiares ou conhecidos do paciente o que não teve êxito.
A transferência dele para órgãos assistenciais do município também foi negada durante algum tempo, por conta da falta de documentos. O idoso possui dificuldade de conversar e sempre demonstrou um comportamento confuso e isso também dificultou sua identificação e possível localização de familiares. Após investigação do MP, a certidão de casamento do paciente foi localizada no município de Garanhus (PE). A partir daí, foram feitos novos documentos e só assim foi possível sua transferência para o Lar do Irmão Velho.
Ascom HGCA
HGCA/morador
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