Com 12 mil pessoas atendidas e 1,5 mil cirurgias de catarata realizadas, o secretário da saúde do Estado, Fábio Vilas-Boas, foi conferir neste sábado (20), em Juazeiro, os resultados preliminares do programa Saúde sem Fronteiras, uma ação da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), que se encerra na próxima segunda-feira.
Foi a primeira vez que a Sesab reuniu as quatro estratégias do programa em um só lugar. Foram ofertados serviços na área de oftalmologia (consultas, exames e cirurgias), odontologia, exames de mamografia e doação de sangue. O secretário esteve acompanhado do prefeito da cidade, Isaac Carvalho.
“Vamos replicar esta ação em outros municípios, pois conseguimos em uma semana concentrar e atender a população de toda a região, ofertando serviços reprimidos, a exemplo da cirurgia de catarata”, afirma o Vilas-Boas.
O aposentado e morador da zona rural de Casa Nova, Pedro Lino, 66 anos, foi um dos beneficiados pelo programa. “Estou aqui porque minha mulher voltou a enxergar depois da cirurgia e também quero essa maravilha pra mim”, diz.
O secretário de Relações Institucionais, Josias Gomes, que também esteve presente na visita, se disse impressionado com a ação. “É uma experiência extraordinária para quem não é da área. Fico muito feliz em ver que a ampliação dos serviços da Secretaria da Saúde cria um estímulo para que as pessoas exijam mais os seus direitos. Além disso, o programa é uma prova que o Sistema Único de Saúde (SUS), mesmo a despeito da crise, avança no seus compromissos e demonstra que quem quer trabalhar, e faz com carinho, permite que o povo seja bem atendido”, afirma Gomes.
Inovação
O titular da pasta da Saúde ainda aproveitou para visitar a fábrica da Moscamed, empresa de biotecnologia que produz mosquitos aedes aegypti geneticamente modificados e estéreis. “Temos a convicção de que estratégias alternativas de combate ao mosquito devem ser estimuladas, pois ele se tornou a principal ameça à saúde pública do país, visto que é vetor de transmissão da dengue, chikungunya e zika”, ressalta Vilas-Boas, que complementa ainda que essas doenças estão supostamente relacionadas ao aumento do número de casos da síndrome de Guillain-Barré e microcefalia, sobretudo, no Nordeste.
Atualmente a fábrica tem capacidade de produzir de 4 a 5 milhões de mosquitos por semana, o que é suficiente para controlar uma área do tamanho da cidade de Jacobina. Uma das possibilidades, segundo o secretário da Saúde do Estado, é investir na ampliação da planta a fim de atuar nas principais cidades da Bahia com epidemia de dengue, chikungunya ou zika.
Hospital Regional
Durante a visita ao município, o secretário de saúde foi ao Hospital Regional de Juazeiro, unidade 100% SUS do estado e que há seis meses está sendo administrado pela Associação de Proteção à Infância e à Maternidade (APMI). “Estive aqui no início do ano e o hospital estava em franco processo de restrição de atendimentos, insatisfação tanto dos médicos, residentes, como pacientes, decidimos então trocar a empresa gestora e após a APMI ter assumido, é evidente o grande processo de melhora não só na quantidade de serviços realizados, mas da qualidade do atendimento à população e os indicadores de satisfação dos pacientes e funcionários”, pontua o secretário.