A formação de uma comissão para resolver a questão do convênio entre a Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) e a Universidade do Estado da Bahia (Uneb) foi formalizada esta manhã, durante reunião entre o subsecretário Roberto Badaró e o reitor da Uneb, José Bites de Carvalho, professores e alunos da universidade. A reivindicação partiu dos alunos do curso de Medicina da Uneb, que reclamam da falta de um convênio específico para que possam ter campos de prática na rede pública de saúde.
De acordo com Badaró, já existe um documento anterior que proporciona esse treinamento na rede publica de saúde, para esses alunos do curso de Medicina. “A falta de um convênio específico para esse fim, não impediu que nenhum estudante deixasse de treinar nas unidades da Sesab”, afirmou o subsecretário, esclarecendo que a criação da comissão, apenas com quatro integrantes – representantes da Escola Estadual de Saúde Pública, dos professores e alunos da Uneb e da direção do Hospital Geral Roberto Santos (HGRS), visa dar maior rapidez para resolver a vinculação com outros campos. “Se esse convênio que temos atualmente está deficiente, vamos ampliar”.
Para o reitor da Uneb, José Bites, a universidade quer caminhar junto com a Sesab, para resolver os problemas que afligem os alunos da primeira turma do curso de Medicina. “Em 2010, a direção do Hospital Geral Roberto Santos me convocou para uma reunião, junto com o Ministério da Saúde, para transformar a unidade em hospital escola, voltado para o treinamento dos estudantes de Medicina. Esta reunião abriu caminho para a criação do curso de Medicina na Uneb”, explicou.
Para o médico e professor Paulo Barbosa, é preciso ter compreensão do suporte que a Uneb presta ao Roberto Santos e vice-versa. “Precisamos construir coisas que sejam boas para um e para o outro. Temos um corpo de professores dentro do Roberto Santos, que pode nos ajudar nesse fluxo e na gestão dessa relação, e que não seja sujeito a ruídos”, falou Barbosa, que também já foi diretor geral do HGRS.
“Recebi a missão de fazer do Roberto Santos um hospital de ensino de primeira”, afirmou o diretor geral da unidade, Antonio Raimundo Pinto de Almeida. “Estamos conversando com a Uneb e acredito que o Roberto Santos é o hospital universitário da Uneb. Os alunos querem reivindicar para usar também como campo de treinamento, outras unidades de saúde da rede Sesab, o que acho válido. Além disso, estamos discutindo com a Uneb a criação de uma policlínica na universidade”, disse Antonio Raimundo.
Outra preocupação também é em relação aos professores e médicos que fazem as duas coisas ao mesmo tempo e não são remunerados para as duas tarefas. De acordo com o médico Julio Braga, representando o Conselho Regional de Medicina (Cremeb), isso causa sérios problemas, fato que também é apontado por Roberto Badaró como inadmissível. “Precisamos rever também essa questão”, afirmou.
De acordo com o representante dos alunos, William de Oliveira, na prática, esse convênio não funciona. “Já houve sérios problemas com colegas que foram mandados embora, e outros que só conseguem entrar nas unidades porque conhecem alguém. “Estamos aqui hoje para tentar resolver essa questão dos campos de prática, já estamos no oitavo ano e isso é imprescindível para a nossa formação”.
O encontro reuniu, além da comissão de estudantes – William de Oliveira, Mariana Pacheco e Marco Aurélio Silveira, representantes do Conselho Regional de Medicina (Cremeb), professores da Uneb, diretor do Hospital Geral Roberto Santos, Antônio Raimundo, e a diretora da Escola Estadual de Saúde Pública (EESP), Marcele Paim.
L.S./M.Tb.909-Ba
/hgrs/reunião uneb
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