Depois dos empresários, segmentos religiosos, entidades que representam a agricultura familiar e dos estudantes e profissionais da rede estadual de ensino, chegou a vez dos veículos de comunicação reforçarem as ações do poder público para combater os focos do mosquito Aedes aegypti e, consequentemente, as doenças por ele transmitidas.
Na manhã desta quinta-feira (3), gestores e profissionais de imprensa participaram de um encontro na Secretaria de Comunicação do Estado (Secom), no Centro Administrativo da Bahia (CAB), em Salvador. Na reunião, coube ao secretário da Saúde do Estado, Fábio Vilas-Boas, apresentar o panorama das doenças transmitidas pelo mosquito no mundo.
De acordo com Vilas-Boas, apesar da realidade epidemiológica ser preocupante, existem vírus que são transmitidos pelo Aedes e ainda não chegaram ao Brasil. Ele reiterou que a população deve se prevenir cuidando dos espaços onde vive. “Um mosquito não se distancia mais de 200 ou 300 metros de onde nasce. Por isso, tem que acabar com os criadouros”.
O secretário também anunciou que a Secretaria da Saúde (Sesab) está em processo de importação de um repelente concentrado que será diluído e envazado na Bahia. “De acordo com o fabricante, o produto se mantém fixado nas roupas por até 80 lavagens”, explicou. A Bahiafarma tem exclusividade entre os laboratórios do Mercosul para diluir, envazar e distribuir o repelente.
Vilas-Boas antecipou ainda que, em parceria com o Senai/Cimatec, estão sendo desenvolvidas ‘armadilhas’ contra a proliferação do Aedes aegypti. “O mosquito irá depositar os ovos neste recipiente e ficarão presos. Nossa intenção é distribuir estas armadilhas em cada um dos domicílios baianos”. Todas as peças da campanha de combate ao mosquito e às doenças, bem como o aplicativo para celular, estão disponíveis no site da Sesab.
Luta contra o mosquito
No encontro, o titular da Secom, André Curvello, apresentou a estratégia de comunicação utilizada pelo Governo do Estado com o intuito de mobilizar a sociedade contra o mosquito. Ele ressaltou o potencial que os veículos de comunicação têm para conscientizar a sociedade sobre como evitar a proliferação do Aedes, bem como os perigos de doenças como a dengue, chikungunya, zika e, consequentemente, a microcefalia, que tem deixado as gestantes preocupadas.
“Precisamos muito do apoio de todos vocês da imprensa para que divulguem estas campanhas. É importante que toda a sociedade esteja mobilizada nessa luta contra o mosquito. Todos temos que estar atentos. Precisamos muito da conscientização e da divulgação. Por isso, agradecemos o empenho dos veículos de comunicação”, afirmou André Curvello.
Os gestores de comunicação também puderam fazer sugestões e tirar dúvidas sobre o assunto. Para a presidente da Federação Nacional das Agências de Propaganda (Fenapro), Vera Rocha, a campanha de mobilização é fundamental e o envolvimento da sociedade é indispensável para que “a guerra contra o mosquito seja vencida. É preciso que as entidades discutam com seus associados, que conscientizem os cidadãos sobre a importância de lutar de todas as formas contra esse mosquito”.
Apoio da mídia
Um dos diretores da Rede Bahia, Paulo Sobral considerou “louvável” a iniciativa do Governo do Estado de convocar os veículos de imprensa para reforçarem a campanha. “A imprensa faz parte desta engrenagem, que é fundamental para todas essas questões que são colocadas no dia a dia”.
Consciente da capacidade que o rádio tem para chegar aos rincões do estado, Chico Kértesz, diretor do Grupo Metrópole, reafirmou o compromisso dos profissionais da empresa para reforçar as ações propostas pelo governo. “Acho, inclusive, que tem que disponibilizar [o material da campanha] às emissoras tanto de rádio, quanto de televisão. Não só os veículos que recebem publicidade do governo devem entrar neste combate, mas, institucionalmente, os grupos de comunicação devem abraçar esta causa, que é uma questão de saúde. Não tem outra saída”.
Secom
Zika/veículos de comunicação