Desde o início de março, quando começaram a ser feitos os primeiros testes RT-PCR (para detecção de infecção pelo novo coronavírus) pelo Lacen – Laboratório Central de Saúde Pública Professor Gonçalo Muniz, a Auditoria SUS/SESAB foi acionada para dar mais transparência e celeridade aos pedidos de exames feitos por hospitais, laboratórios e unidades de saúde de Salvador e todo o interior da Bahia.
Num primeiro momento, cerca de 20 auditores de saúde se revezavam em plantões para dar conta da triagem de fichas de notificação, separando as prioridades de acordo com a sintomatologia descrita pelos profissionais médicos. Os auditores de saúde avaliavam quais casos eram indicativos de Covid 19 ou se assemelhavam mais a outras enfermidades, como H1N1, gripe ou dengue. Quando as fichas de notificação não eram suficientemente preenchidas, os auditores entravam em contato com as unidades a fim de tirar dúvidas e acelerar o trâmite. Com o avanço da pandemia e o consequente aumento do número de pedidos, uma equipe formada pela Sesab, Lacen e Saeb criou um fluxo de trabalho paralelo ao GAL que é o sistema Gerenciador de Ambiente Laboratorial do Datasus.
“O GAL é o sistema utilizado pelo Ministério da Saúde, que tem que ser preenchido obrigatoriedade pelo Lacen. Mas com os dados sistematizados pelo nosso fluxo, criamos um sistema interno e paralelo que disponibiliza, de forma mais rápida, informações sensíveis para municiar trabalhos epidemiológicos e até balizar tomada de decisões institucionais”, avalia Daniela Castellucci, diretora geral da Auditoria SUS – Sesab.
As amostras chegam no Lacen e, em 24 horas, os dados são tabulados pelos auditores técnicos em saúde concursados, como médicos, enfermeiros, odontólogos, farmacêuticos e equipe administrativa. Além disso, os auditores passaram a fazer visitas aos laboratórios para reforçar a confiabilidade e seriedade do Lacen. A ideia é que esse mesmo trabalho se estenda para o interior do estado dentro de 15 dias.
De acordo com Daniela Castellucci, o Lacen é o coração do combate ao Covid 19. “Ele precisa funcionar bem, ser ágil, célere, seguro, eficiente e eficaz.”