Amanha, dia 25 de Abril, é comemorado o Dia Mundial de Combate à Malária, data instituída pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2007, com a finalidade de reconhecer o esforço global para o controle efetivo da malária.
A malária é uma doença infecciosa febril aguda, causada por protozoários do gênero Plasmodium, transmitidos pela fêmea do mosquito do gênero Anopheles quando se infecta ao picar uma pessoa doente. No Brasil, existem três espécies de Plasmodium que estão associados à malária em seres humanos: P. vivax, P. falciparum e P. malariae. Entre os vetores do gênero Anopheles cinco espécies são principais responsáveis pela transmissão da doença no Brasil: An. darlingi, An. aquasalis, An. albitarsis, An. Anopheles (Kerteszia) cruzii e An. (Kerteszia) bellator.
Entre os sintomas, os mais comuns são dor de cabeça, dor no corpo, fraqueza, febre alta e calafrios. O período de incubação varia de oito a 17 dias, podendo, entretanto, chegar a vários meses, em condições especiais.
No Brasil, a magnitude da malária está relacionada à elevada incidência da doença na Região Amazônica e à sua potencial gravidade clínica. Nas demais regiões, apesar das poucas notificações, a doença não pode ser negligenciada, pois se observa uma letalidade mais elevada que na região Amazônica.
Na Bahia, a carta anofélica demonstra ampla dispersão de espécies com importância epidemiológica, o que denota alta receptividade à transmissão vetorial do Plasmodium sp. No território estadual, além da dispersão de insetos do gênero Anopheles, ressalta-se a vulnerabilidade de diferentes municípios à introdução ou reintrodução da malária, determinada por desequilíbrios ambientais e/ou sociais relacionados à mineração, extrativismo vegetal ou situações análogas
Em nosso estado, a malária é uma doença de notificação compulsória imediata (Portaria Estadual nº 1.290 de 09 de novembro de 2017), Todos os casos suspeitos devem ser notificados às autoridades de saúde em até 24 horas, pelo meio de comunicação mais rápido disponível (telefone e/ou e-mail). A notificação também deve ser registrada no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN).
O diagnóstico correto da malária só é possível pela demonstração do parasito, ou de antígenos relacionados, no sangue periférico do paciente, pelos métodos: gota espessa (padrão-ouro), esfregaço delgado, teste rápido e técnicas moleculares.
Uma vez diagnosticada, o tratamento é eficaz, simples e gratuito. Para cada espécie de plasmódio, há medicamentos ou associações de medicamentos específicos em dosagens adequadas à situação de cada doente. O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece gratuitamente toda a medicação para o tratamento da malária. Em 2020, o guia de tratamento de malária foi atualizado, e está disponível em:
https://www.saude.gov.br/images/pdf/2020/marco/17/guia-tratamento-malaria-.pdf
As medidas de prevenção individual englobam uso de mosquiteiros impregnados ou não com inseticidas, roupas que protejam pernas e braços, telas em portas e janelas, uso de repelentes. As medidas de proteção coletiva englobam obras de saneamento para eliminação de criadouros do vetor, limpeza das margens dos criadouros, melhoria da moradia e das condições de trabalho.
Os principais documentos técnicos sobre prevenção e controle da malária estão disponíveis nos seguintes endereços:
https://saude.gov.br/saude-de-a-z/malaria
https://www.saude.gov.br/images/pdf/2020/marco/17/guia-tratamento-malaria-.pdf
https://www.who.int/publications-detail/world-malaria-report-2019
Ascom/Suvisa