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Com 16 mil cirurgias, Hospital-dia do Roberto Santos reduz pressão em urgências e emergências

21/07/2020 19:00

Quem hoje vê a sorridente Nadine não consegue imaginar que, há bem pouco tempo, a profissional autônoma quase precisou parar de trabalhar porque sentia dores abdominais insuportáveis. A jovem de 25 anos foi uma das 16 mil pessoas a realizar cirurgia no Hospital-Dia do Hospital Geral Roberto Santos (HD-HGRS), desde a abertura do serviço, em julho de 2018. O equipamento não foi só um alívio para a autônoma, mas também para a rede hospitalar do estado. Graças à iniciativa, cirurgias de pequeno e médio porte têm sido realizadas diariamente no Roberto Santos, diminuindo a pressão provocada por esses usuários nas portas de urgência e emergência na Bahia.

Nadine foi operada para retirar pedras na vesícula, procedimento conduzido pela cirurgia geral, por videolaparoscopia. A unidade realiza, ainda dentro desta especialidade, cirurgia de ligadura tubária, hérnia inguinal e hérnia umbilical.

Também são oferecidos no HD-HGRS os seguintes procedimentos: cirurgias orificiais (proctologia); cirurgia de joelho, por artroscopia (ortopedia); lesões de pele (oncologia); cisto tireoglosso e tumores benignos cervicais (cirurgia de cabeça e pescoço); ureteroscopia rígida e flexível para litíase ureteral, postectomias, vasectomia e uretrotomia (urologia); cirurgia de varizes e fístulas para hemodiálise (cirurgia vascular); adenoamigdalectomia de crianças (otorrinolaringologia); facectomia e pterígio (oftalmologia).

Para o cirurgião geral Iuri Filardi, o Hospital-Dia destaca-se pela rapidez e eficiência na prestação de serviço ao usuário do Sistema Único de Saúde (SUS): “o hospital-dia tem instalações confortáveis para os pacientes, além de qualidade de trabalho para todos os funcionários. Isso sem contar com uma equipe que trabalha coesa com um objeto comum: ajudar o paciente”.

Iuri foi quem operou Nadine e, segundo ele, no caso da cirurgia de vesícula, há ainda outro diferencial do HD-HGRS. “Todos os pacientes são operados por videolaparoscopia, o que nem sempre está disponível nos demais serviços”, conta ele, se referindo à técnica cirúrgica minimamente invasiva para a região abdominal e/ou pélvica.

Para ser atendida no Hospital-Dia do HGRS, Nadine passou, antes, por uma pré-consulta no ambulatório da instituição, agendada pelo município, de acordo com seu perfil. Então, realizou exames e, com o diagnóstico fechado e a indicação cirúrgica, agendou o procedimento com o especialista.

“Assim que passei pela consulta com o cirurgião do Hospital Roberto Santos, ele viu a necessidade de uma cirurgia com urgência. O processo foi bem rápido e já não sinto mais dor nenhuma”, lembra a paciente, que acrescenta: “não tenho palavras para descrever o quão bom foi o atendimento, da portaria ao centro cirúrgico. O hospital está bem organizado, mesmo com essa bagunça que a pandemia está causando. Só tenho a agradecer a todos que cuidaram de mim e cuidam até hoje, pois sempre entram em contato para saber como eu estou”.

Na avaliação do diretor-geral do HGRS, o anestesiologista José Admirço Lima Filho, o fato de o Governo do Estado ter se antecipado à pandemia da Covid-19, com a ampliação da oferta de serviços especializados, fez com que a população baiana ocupasse uma posição de vantagem em relação a outros estados. “Iniciativas como o Hospital-Dia e o Mutirão de Cirurgias possibilitaram a diminuição da fila de espera por cirurgias de pequeno e médio porte. Consequentemente, os fluxos das unidades de emergência foram otimizados. Se não tivesse sido pensada essa estratégica, bem antes da pandemia, o cenário poderia ser de dificuldade para esses usuários, que poderiam ter agravado seu estado de saúde, necessitando de internamento hospitalar”.

Ascom HGRS

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