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TeleICOM mantém conexão entre famílias e pacientes isolados no Instituto Couto Maia

27/08/2020 09:52

A pandemia da Covid-19 trouxe muitas experiências novas para os profissionais de saúde. Além de se tratar de uma doença desconhecida que acomete as pessoas com sintomas muito diferentes e de forma sistêmica, o risco de contaminação impôs a diversos profissionais uma nova realidade.

Médicos habituados a cuidar de seus pacientes com proximidade cotidiana não puderam ter contato com os doentes com Covid-19 por pertencerem ao grupo de risco. São profissionais com mais de 60 anos ou portadores de alguma comorbidade, como diabetes, hipertensão ou cardiopatia.

Serviço TeleICOM

No ICOM, esses profissionais mantêm uma participação ativa durante a pandemia. Integram o grupo de 14 médicos responsáveis pelo contato por telefone com as famílias dos pacientes na comunicação do boletim com as informações sobre a evolução de cada doente. A família de todos os pacientes internados, exceto os da pediatria, que possuem acompanhantes, recebem o boletim médico diariamente.

O médico intensivista Carlos Eduardo Teixeira Santos Cruz, com 72 anos de idade e que atua há 25 no ICOM, relata o quanto está gratificado em manter-se trabalhando durante a pandemia. O médico conta que tem tido a oportunidade de acompanhar a alegria e a proximidade que as famílias sentem quando ele tem a possibilidade de comunicar melhoras no quadro do paciente. Santos Cruz diz que uma preocupação do grupo é usar uma linguagem acessível a todos, ele percebe que as pessoas estão cada vez mais informadas sobre a doença, o que tem tornado o diálogo mais fácil, no entanto, a distância e a impossibilidade de ter contato presencial com o familiar ainda é uma condição muito dolorosa.

Manter a conexão com o paciente

O infectologista Fernando Badaró que também atua no serviço do TeleICOM diz que o boletim médico diário é uma forma importante de manter a conexão da família com o paciente, que há limitações nesse diálogo por telefone, mas que trabalham para dar a informação o mais clara possível e tirar as dúvidas que possam persistir.

No TeleICOM atuam também os médicos de especialidades que atendiam consultas eletivas no ambulatório, suspensas neste momento. É o caso da pediatra Estela Cristina Martins Lima Rocha que relata o quanto esta experiência tem significado em aprendizado para ela “tenho melhorado o meu falar, exercitando o ouvir com paciência e compreensão, desenvolvendo meu afeto cada vez mais.”

Outras medidas tomadas pelo ICOM para manter o acesso das famílias aos pacientes são as visitas virtuais e o Clube de Cartas com mensagens enviadas por e-mail e entregue aos pacientes.

Ascom Icom

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