Importante no direcionamento de ações da vigilância epidemiológica, os dois grupos de trabalho da Secretaria da Saúde do Estado voltados exclusivamente para a investigação de todos os tipos de óbitos ocorridos em solo baiano foram recentemente elogiados pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância e Saúde (CIEVS) do Ministério da Saúde. o Centro do MS considerou excelente os resultados obtidos no monitoramento dos casos em geral e na investigação dos óbitos Covid-19 no estado da Bahia.
Funcionando desde o mês de abril na Central Integrada de Comando e Controle da Saúde, os dois grupos de trabalho, denominados GT Vigilância de Óbitos e GT Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), agregam profissionais de saúde de várias especialidades médicas e sanitárias, em desempenho conjunto e diário de 24 horas, com plantões em todos os fins de semana, com acesso online aos 130 maiores hospitais públicos e privados da Bahia.
De acordo com o secretário da Saúde do Estado, Fábio Vilas-Boas, com esse programa local de verificação detalhada de óbitos, a Bahia torna-se pioneira no país. “Quando obtivemos o sinal verde do governador Rui Costa para investirmos na criação de um fluxo de comunicação em tempo real atrelados aos bancos de informação de saúde, demos um salto de qualidade importante para a saúde pública no estado”, afirmou.
Fluxo de trabalho
A equipe do GT Vigilância de Óbitos da Sesab, após o recebimento das notificações de mortes em todo o estado enviadas pelas comissões, núcleos e demais estruturas hospitalares e epidemiológicas que atuam em vigilância de óbitos ou, em um nível superior, pelas Câmaras Técnicas Municipais e Regionais, inicia o processo de investigação, considerando o que está registrado na Declaração de Óbito recebida.
Inicialmente, são pesquisadas algumas variáveis como informações que indiquem suspeitas ou não de Covid-19, ou com confirmação de caso positivo pós-morte por critério laboratorial, ou sem descrição de Covid-19 mas com termos que possam indicar a sua suspeita como a síndrome respiratória aguda, dentre outras situações.
Em etapa posterior, já com o resultado dessas informações buscam identificar a cronologia dos fatos e os resultados de exames realizados, procurando, ainda, reunir mais dados relevantes para elucidar as causas da morte, considerando eventos posteriores que contribuíram ou não para o contágio.
Após o término da investigação é realizada a análise do óbito investigado, preferencialmente, no município de residência do falecido. Em média, todo o processo de investigação das equipes do GT Vigilância de Óbitos da Sesab ocorre em 72 horas.
“Todo este processo vai dar para gente orientações de como agir para evitar novos óbitos pelo mesmo agravo. A gente pode trabalhar de forma preventiva”, aponta a diretora de vigilância epidemiológica do estado, Márcia São Pedro.