O coração da servidora do Cedeba, Clarice Maia de Carvalho, 73 anos, silenciou na tarde do último domingo, causando grande comoção. Para os colegas, ela era Dona Clara, Dona Clarinha. Trabalhava no Centro desde a sua fundação, há 26 anos. Trabalhava com amor e era amada por todos os colaboradores.
Dona Clara, com sua dedicação e amor ao trabalho, deixa uma lição importante: mesmo nas funções mais simples quando há compromisso, a atividade ganha relevância. Preparando e servindo café, Dona Clara conquistou o coração da equipe Cedeba.
A servidora deixa uma lacuna difícil de ser preenchida, porque era parte viva da história do Cedeba, como destaca a diretora Reine Chaves, muito emocionada: “Nosso sentimento é de saudade e de gratidão pela dedicação, compromisso. Gratidão pela pessoa linda, sempre presente em todos os momentos do Cedeba. Sempre pronta a colaborar. Não importava se fosse domingo ou feriado”.
Sem conter o choro, a endocrinologista Odelisa Matos, disse; “hoje estamos todos um pouco órfãos. Dona Clara era maternal. Perdemos uma mãe. Era uma figura de simplicidade ímpar e exemplo de humildade. Sempre disposta a ajudar. Era querida por todos os colaboradores do Cedeba. Ela se preocupava com todos. Era amiga de todos.”
Tendo convivido com Dona Clara desde o início do Cedeba, Júlia Coutinho, da Codar, num emocionado texto destacou: “você deixa vários órfãos. Tínhamos na sala e na copa momentos mágicos e conversas eternas. Os que vão deixam em nós os melhores pedaços”.
Para a Doutora Graça Machado, que conheceu Dona Clarinha desde o início do Cedeba, “ela foi exemplo do carinho e dedicação com todos os servidores do Centro.”
Doutora Zolândia disse que Dona Clarinha “era exemplo de compromisso e responsabilidade, sempre disposta a ajudar. Era pessoa ímpar. Eu sempre brincava que se tivesse uma máquina de clonar pessoas, eu a clonaria”.
A endocrinologista Teresa Arruti disse que aquela copa não vai ser a mesma, “aquele cheiro de café que a gente sentia ainda no elevador”. Para a pedagoga Ceiça Cristo, “o Cedeba perde um referencial de dedicação e disponibilidade para o que der e vier. Que ela descanse em paz”.
Dona Clara era servidora exemplar, uma guerreira, segundo Bárbara Baraúna, da Coad. Era muito querida pelos colegas porque tratava todos com muito carinho, e sempre procurava ajudar os colegas.
A morte de Dona Clarinha comoveu servidores que já deixaram o Cedeba, como a endocrinologista Teresa Gouveia: “O Cedeba está em luto desde ontem… e meu coração muito triste. Dona Clara vestia de corpo e alma não só a camisa mas o espírito do projeto CEDEBA. Uma mulher íntegra, ética, humana, simples na sua humildade e grandiosa na sua luz. Uma honra poder ter convivido com ela no CEDEBA durante todo o período que lá estive. Certamente um espírito de grande luz”.
Dona Clara era baiana, natural da cidade de São Felipe, no Recôncavo Baiano. Deixa um casal de filhos.