A vulnerabilidade da população negra frente ao momento de pandemia de Covid-19 tem sido um marco de discussão em diversas frentes sociais. O tema atual, apesar de ter sido o foco da Sessão Temática apresentada hoje (11), não foi o único assunto de relevância discutido. A sessão fez uma alusão à Declaração Universal dos Direitos Humanos, adotada pela Organização das Nações Unidas, que completou 72 anos ontem, dia 10 de dezembro.
A liberdade, igualdade em dignidade e direitos preconizados pela Declaração destoam das assimetrias sociais pontuadas pelos facilitadores Andrea Beatriz Silva dos Santos (Sesab/Uefs); Edna Maria Araújo (Uefs) e Paulo Francisco de Souza (Coletivo Negro Minervino de Oliveira/ ACS). Nas falas, a desigualdade social e ocupação dos espaços geográficos, o racismo estrutural, a violência, as dificuldades de acesso e de condições de higiene lançam um olhar atento e preocupante sobre a saúde da população negra em um dos momentos mais críticos da saúde pública: a pandemia pelo Covid-19.
O evento foi mediado por Andréa da Anunciação Gomes, Gestora de Processos Formativos da Escola de Saúde Pública da Bahia (Espba) e Ubiraci Matildes de Jesus, Coordenadora do Comitê Técnico Estadual de Saúde da População Negra. A abertura da sessão contou ainda com a participação da Diretora da Espba, Marilia Fontoura.
O diálogo virtual foi promovido pela Superintendência de Recursos Humanos da Saúde (Superh), através da Escola de Saúde Pública da Bahia (Espba), em parceria com a Diretoria de Gestão do Cuidado (DGC), e marca a reabertura das sessões temáticas da Escola, que se configuram como legítimo espaço de produção e disseminação de conhecimentos da Rede SUS-Ba, através da troca de experiências e saberes, mediada por um facilitador, ou mais, com expertise nos assuntos abordados.
Fonte: EESP